domingo, 30 de março de 2008

Sobre festas de despedida

Se tem uma parte ambígua do processo de partir, para mim essa parte é a despedida das pessoas. Principalmente as que importam, pois as que não importam a gente nem percebe que não vai mais ver por um tempão. A gente no fundo até se sente feliz por causa disso. Agora, quando se trata de dizer tchau para aqueles que são pressentes no top of mind, aí a coisa complica.

Semana passada começou a temporada de adeuses (gosto de inventar plurals) com um almoço de páscoa com o núcleo materno. Tios e tias da zona norte deram aquele abraço e passaram aquela confiança e otimismo no olhas, mesmo todos sabendo que vovó não está bem e que isso me incomoda muito, já que fui eleito por anos a fio o netinho preferido entre os 9. É gostoso escutar as palavras dos mais vividos. Tio Beto dizia: vai se fuder um bocado, mas vai ser a experiência mais marcante de todas. Nada supera pegar um trem errado ou ofender alguém por engano em outro idioma.

Durante a semana despedidas com a turma do trabalho. Almoço de aniversário para dar mais um motivo. Todo mundo sabe que vou viajar. Algo que enche o saco é tentar dizer o roteiro. A resposta padrão virou: vou pra França e depois vejo o que vai rolar.
E a idéia é essa mesma ainda no Brasil. As festas, os bares e as despedidas estão acontecendo todo tempo, sem marcar direito. Sempre que vejo alguém vem a pergunta: "mas a gente ainda vai se ver, né?"
A vontade é responder:
- Poxa, se tudo der certo, não! Sinal de que a viagem vingou e que eu estou na viagem de fato e não mais falando dela.

Hoje foi a vez dos tios paternos. Festinha no apê na Vila Madá, todos presentes, pizza, comilança de sorvete. Direito até a um papinho de 5 minutos no final com a prima Mari, de 5 anos, que me contou sobre os grandes tubarões que viu no aquário do Guarujá. Direito até aos muito úteis envelopinhos de dinheiro, que quebrarão um maravilhoso galho na Zeuropa. Valeu! Valeu!

No final, foto com alguns. Me deu saudades dos primos, os machos. Pode parecer viadagem dos recém 24 completos, mas eles são importantes! Fer, Pedro e Dé, todos numa imagem que não sei se verei, pois a camera é de Laura, mas que gostaria de levar comigo.
Gostaria de levar comigo o sorriso dos que gosto, os tapinhas na cabeça que recebo e os palavrões que escuto. Ninguém é bonito quando tenta ser. As pessoas são bonitas quando não pensam nisso.
Todos somos parecidos demais, até os que não têm sangue comum. Minha família é linda.
Vou saber disso melhor ainda daqui um tempo.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Quem tem boca


Um bom guia é imprescindível para viajar na boa. Todo mundo sempre me disse isso.
Agora eu tenho.
Valeu amigos do Planejamento, que é de marcas, mas ajuda nas viagens tb!
Te falar que isso anima, instiga e provoca os sentimentos.
***
Ganhei de brinde um guia da India, coisa fina... no conteúdo, pq ele pesa mais de meio quilo...
Valeu!

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Nem começou e eu já estou com saudade."
Titãs

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ir, estar


"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver... o mundo na televisão é lindo, mas serve para pouca coisa. É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo".
Amyr Klink
MAR SEM FIM

terça-feira, 18 de março de 2008

Logo ali

Dá um frio na barriga na hora em que se confirma a data da passagem. Que se compra o ticket.
Primeiro de abril, para ninguém acreditar. Pra ter mais um motivo pra rir.

Mas que dá um medinho, dá.