segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Mas justo no Kosovo, meu filho?

Quando eu disse que cheguei no Kosovo soh ouvı todo mundo dızer que eu era maluco, demente e sem nocao. Quando deı mınha prımeıra camınhada pela capıtal Pristina e vı que um em cada tres carros cırculando era uma pıcape Toyota branca com as letras UN estampadas garrafalmente na porta, ja penseı o famoso: "caraaaaaaaı quıcotofazenaquı???". No ınstante seguınte eu devoreı uma bureka de carne, salgado local, e comeceı a achar dıvertıdo. Nao, nao teve nenhuma mına terrestre.

E depoıs foram maıs outro quıtutes e outros e outros... ateh que resolvı dar uma volta pela cıty e fazer uns clıques que maıs pra frente colocareı aquı. Quando de repente vejo um cara com uma bat camera super choptchura fotografando uma menına bem batuta. Olheı pros doıs e comeceı a conversar, ele falava um ıngles que aprendeu vendo fılmes e ouvındo Snoopy Dog, mesmo assım era melhor que a menına do servıço de turıstas de Montenegro, a maıs proemınente lınguısta que encontreı naquele paıs. Gente fına fomos trocando fıgurınhas de foto, guerra, servıos e musıca ruım. Moral da hıstorıa, fıqueı amıgo do cara e de maıs todos os amıgos dele e o Kosovo tomou uma cara famılıar.

Passeı uma semana pra cıma e pra baıxo com eles, fuı na mesquıta, entendı o Ramadan, fız ateh jejum, aprendı um pouco de albanes, comı coısas especıaıs, entrevısteı o fodao da ONU, entendı bem melhor o conflıto, entrevısteı uma porrada de gente, aprendı a andar na cıdade, a pegar onıbus e a perguntar (e prıncıpalmente) entender o preço das coısas. Fıqueı chocado quando vı que nınguem achava que eu era grıngo e me perguntava tudo na lıngua deles (albanes) na rua ou quando eu entrava numa loja. Dızıam que eu tenho cara de kosovar. E olhando pro lado eu vıa: eu tınha mesmo.

Louco nao sou eu. Louco sao meus paıs que me deıxaram ır pro Kosovo.

PS: e agora que gosteı?

domingo, 28 de setembro de 2008

Um emaıl ınspırador

Dıa desses recebı um emaıl com o seguınte tıtulo:
"Por incrível que pareça conheci você na 25 de março"

Nao entendı nada a prıncıpıo, nao vou na 25 ha maıs de 6 meses.
Qaundo termıneı de ler o emaıl me deu uma força enorme pra encarar um frıo do dıabo em um busao de 10 horas do Montenegro pro Kosovo.
Dıvıdo com voces.
___

Um sábado me liga uma amiga - Mari vamos na 25 de março comprar as coisas para festa junina? - claro a final é só a "25".
Cansada de tando andar e sem coragem de subir a ladeira do porto geral em plena hora do rush, resolvemos almoçar por lá em um restaurante árabe, que por sinal não fomos as únicas a ter a mesma idéia......No começo sentamos sozinha ate o momento em que uma mulher nos pediu licença para divivir a mesa conosco...parecia que também estava querendo fugir da 25, o engraçado é que no exato momento em que ela sentou do nosso lado eu e minha amiga conversavamos sobre uma futura viagem que estavamos planejando fazer, a partir dai está mulher começou contar a fantástica viagem que seu filho fazia pelo mundo. Um almoço que levaria apenas uma hora e meia se estendeu para três horas.
No final a sua mãe me deu um cartão com endereço do seu blog e seu e-mail, guardei afirmando que entraria em contato, por isso que estou te escrevendo (levei um tempo, pois encontrei o seu cartão perdido na bolsa). A verdade é que amei o seu blog, a sua coragem e seu desprendimento.... o fato é que não falta desejo em todos de fazer o que você fez o que falta é coragem e o engraçado é que temos medo de algo que não existe, pelo menos fisicamente.
Estou guardando dinheiro já faz um ano e pretendo guardar por mais dois anos para conseguir viajar sem ter hora ou data para retornar, mas não sei ate que ponto isso se torna "aventureiro" já que de certa forma está tudo planejado...
O fato é que foi bacana ter conhecido um pouco da sua história ... foi inusitado
Abraços e boa jornada

Mariana Bachiega

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Nessa terra de gigantes



A primeira coisa que reparei quando desembarquei do ferry na Croácia foi o tamanho dos marinheiros no cais do porto. Não me leve a mal, não sou de reparar em homem, mas foi impossível não notar o quanto aqueles dois pareciam jogadores de vôlei. E o aparecimento de Shreks foi sucessivo durante todos os dias, nem tão feios, nem tão simpáticos.

Minha segunda surpresa foi quando pedi um café e me trouxeram um copo d’água (da torneira, for sure) mas com 3 cubos de gelo dentro. Bicho, sabe há quanto tempo eu não bebo água com gelo dentro? Os italianos não sabiam que gelo serve para fazer algo além de sorvete e granitta. Foi nesse exato momento que comecei a gostar da Croácia e que, consultando meu Lonely Planet, descobri minha primeira palavra em croata e agradeci à garçonete bem interativa: hvala.


Pequenos


Daí apareceu o Mladen, dono do hostel que veio me pegar e que sabia falar inglês. Três palavras, mas sabia. E rádio verbal do cara só tocava: “no prrrroblem”, “Brrrãzil, Brrrãzil” e “Argentinian boy your room”. Confesso que fiquei bem preocupado com essa última parte e já tava achando esse negócio de intercambio cultural o maior cão até chegar na pomposa e recém acabada casa do senhor de sorriso fácil e camisa havaiana aberta até o quarto botão. A mulher dele foi incumbida de mostrar meus aposentos e, após 3 lances de escada e 5 “no prrroblem”, ela abriu a porta e acordou o argentino. Fiquei meio com vergonha e meio rindo (com risadinha de brasileiro sempre à posto pra sacanear um cucaracho). Mas o cara no fim era muito gente boa e, apesar do bafo de Lula depois de tomar Providência, me convenceu a não subir mais na Croácia, porque Split e Hvar nem eram tão bacanas como Dubrovnik. E levou de brinde muitas dicas do Marrocos.

Dos locais, simpatia logo de cara só da garçonete do café do porto e do Mr.Hawaiian Shirt, o resto é meio duro, meio travadão. Só que, como sempre, a técnica do sorriso e das 7 palavrinhas funciona:

- Bog: oi

- Zbogom: tchau

- Molim: por favor

- Hvala: obrigado

- Da: sim

- Ne: não

- Zao mi je: desculpa


E daí o sorriso de volta e a boa vontade é quase certo.

Voltando ao começo: Dubrovnik é a cidade costeira mais ao sul da Croácia, fazendo quase fronteira com Montenegro e Bósnia, e foi definida por Lord Byron como a “Pérola do Adriático”. Depois de três dias pra cima e pra baixo, muito mais pra cima, pois o albergue fica numa pirambeira do nível Santa Tereza e Cosme Velho, posso dizer que ele tinha motivos pra achar isso.


Nesses tempos de olimpiadas e tal, foi engracado parar numa competicao de natacao em mar aberto. Essa russinha ae de cima tinha acabado de nadar 10km.


Depois de 9 horas sacolejando no ferry e da péssima e perigosa idéia de aceitar beber com uns australianos e entornar vinho e cerveja sem saber de onde vinha, coloquei meus pés nesse chão estranho.

O fato é que depois de 4 meses de Itália eu entendia absolutamente tudo o que estava acontecendo e sendo falado ao meu redor e tinha ferramentas de linguagem e autonomia para interagir com tudo. Mas, ao chegar aqui tive que reativar o mode “Marrocos-mundo árabe” de posicionamento em terreno alienígena. O mico já começou na hora em que fui trocar dindim e perguntei para moça do cambio como chamava o dinheiro dela. Tá bom, eram 7 da manhã, eu tenho essa desculpa na manga... Depois veio a história da garçonete simpática, já contada no início do post.


Menino brincando com conchinhas milenares das pedras em frente a casa da sua vo




Como atrações Dubrovnik tem sua cidade velha (Stari Grad), toda feita com pedras de calcário e o piso das ruas principais em mármore, realmente impressiona. Mas o que mais chama atenção são as muralhas, construídas em 1429, que envolvem a cidade e são o único passeio obrigatório. E realmente vale a pena porque se tem uma visão multilateral da cidade e se sente um pouco como um vigia esperando algum exército inimigo aparecer no horizonte. Ah, um dos pôres-do-sol mais lindos da vida, com andorinhas dando rasantes e monitores tentando expulsar os últimos turistas da muralha.


Lara, eu, Catarina e Isael, vulgo Bel (e eu que inventei... portugas nao usam diminutivos)


Visual de Lokrum no final de tarde. Nada abala essa paz, ne?


Fora isso, conheci 3 raparigas portuguesas, Lara, Isabel e Catarina, que tinham se formado há pouco em gestão hoteleira e estavam vindo da Bósnia e, como eu, indo rumo a Kotor, Montenegro. Curtimos a cidade, conhecemos dois americanos, Steve e Ross, e fomos a Lokrum, uma ilhazinha meia boca na frente de Dubrovnik, mas com praia gostosa, mar transparente e pavões e faisões passeando tranquilamente. Nessa minha dieta carente de proteína por motivos financeiros, uma só idéia latejava: “esse faisãozinho dava um belo churrasco”.


???

Quem me conhece sabe que não sou um ás das panelas, mas imagine que ninguém sabia nem ligar um fogão e coube a mim preparar um macarrão na cozinha do albergue. Batizei como fusili à Muralha, com cream cheese, atum e champignon. Até que ficou bacaninha.


Inspiracao ateh pra virar molho de macarrao


Uma foto meio sem nocao...

Sobre os croatas, mais algumas considerações. Notei uma lealdade muito bacana entre as mulheres, uma coisa de se proteger como mulheres e não competir, como no fundo sinto que acontece no meu país. Pude observar também, além das longas pernas e cabelos, que elas se cumprimentam com um só beijo no rosto, ao contrario da Itália. Aqui homem não beija, ainda bem. Mas têm mania de pegar no braço quando vão te falar algo ou explicar alguma direção. Sinceramente só percebo isso como a parte mais quente dos europeus, o sangue tropical do Velho Continente.


Monasterio Beneditino, fonte e avenida principal: Placa Avenue (eles leem "Platsa")


Depois, segui rumo à Kotor, em Montenegro, com umas 3 horas de espera na fronteira. E adrenalina, pois Oda, uma argentina super bacana que conheci no busão, não sabia que precisava de visto. Mas no fim carimbaram e pronto. Sei lá... e eu que fui pra Roma só pra fazer esse visto.

Agora é ver o que espera do outro lado da cerca.



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Todos os caminhos


O ditado é verdade, eu conferi na prática. E em Roma fui parar de novo, depois de 3 meses na Sicília e de 11 arrastadas horas de trem de Catania. Nos olhos a saudades da minha ilha, da minha famiglia siciliana, dos bons amigos (sim, Max, estou falando de você) e do meu primo que foi promovido a cargo de irmão.

No fundo o principal motivo para o qual voltei pra Roma foi para tentar meus vistos para Bósnia, Albânia, Servia e Montenegro. Mas no fim das contas só rolaram os dois últimos. O consulado da Bósnia é uma portinha de ferro e só trabalha um triste e mal educado funcionário, dá pra acreditar? Ia demorar uma eternidade para sair o visto e precisava de uma famigerada carta de um cidadão bósnio autenticada na prefeitura e enviada para o consulado em Roma. Ou seja, dancei. E no da Albânia (troféu na categoria Estabelecimento Diplomático Mais Mal Cheiroso da Viagem) me disseram que demoraria 15 dias. Então o jeito foi pegar o da Servia e o de Montenegro e zarpar.

Minhas anfitrias

Fiquei 4 noites na casa das queridas mineiras Mari e Luciana, que conheci em Taormina. Lu está fazendo um curso de gastronomia e já é disparada a melhor piloto de fogão da viagem, prova disso foi o sensacional arroz com feijão-bife-batata que preparou pra gente uma noite. Clima gostoso e um chuveiro que parecia a nave da Xuxa, tinha até telefone e radio dentro, fico devendo a foto.

Mari surpresa com o clique ao por do sol

Depois reencontrei o Denis, meu amigo que é guia da cidade e, especialmente do Museu do Vaticano, que havia me hospedado da primeira vez e que acabou me hospedando de novo por 3 noites, pois as meninas estavam mudando de casa e super enroladas. Nisso tudo, inclua muitas voltas pela cidade de motoca com tour exclusivo e muitas novas informações para tentar ir completando minhas lacunas da visita anterior. Foi bárbaro. Lugares de que nunca havia sequer ouvido falar, nem nos guias ou na net, coisa que só sabe quem conhece. Daí senti a necessidade de me interar de muitas coisas de São Paulo, das quais sempre ouvi falar, mas nunca fui atrás. Só pensei: onde eu levaria um gringo? O que eu contaria? Onde ninguém mais levaria?

Denis combinando mais um tour. Deve ser maluco ser sua propria secretaria.

Antes de partir procurei os familiares, mas estavam todos na casa de praia em Fregene, exceto Marinella, que eu não havia visto ainda. Passei algumas boas horas papeando na sua casa e a achei bem forte e com lapsos de memória bem menores do que os alardeados pela família. Me mostrou um livro sobre a Puglia e sua arquitetura e fotos antigas da família. Isso foi sensacional, pois vi fotos raríssimas, da década de 30. No fim, ela me explicou que estava velha já, que não tinha filhos e que queria que eu levasse alguma coisa da casa dela. Expliquei pra ela minha falta de espaço na mochila e que meu movimento era de deixar coisas, não de adquirir. No fim, achei uma foto linda do meu avô Alberto na praia com uns 14 ou 15 anos junto ao avô dele, Ludovico, em Marina di Massa, em 1934. Linda foto, linda lembrança, só que infelizmente não fiz uma foto da foto. Mas fiquei triste, pois tive uma clara impressão de que seria a última vez que veria Marinella.

Marinella Ottolenghi, tia avo'

Deixei Roma com duas certezas: vou voltar e moraria aqui, fácil.

Bom, com dois vistos na mão peguei um trem pra Bari, na Puglia, e de lá um ferry de 9 horas pra Dubrovnik, na Croácia, onde não preciso de visto. E o barco tremia, e eu enchi a lata...
Mais novas desse novo planeta no próximo post.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A farsa

O Ministério da Saúde adverte: excesso de convívio, confiança e amizade pode causar esquizofrenia.

Palermando



Good trip. Good fellas.

sábado, 6 de setembro de 2008

Dois Mortaras na Sicília

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Em breve o texto, porque Roma tá chamando lá fora...

Adeus Casanova, adeus Taormina

Passei boa parte desse verão europeu carregando bandejas nesse restaurante-bar-pub batizado com o nome do eterno sedutor do século XVIII, Giacomo Casanova. Fiquei sim seduzido com a simplicidade do lugar e a franqueza da chefe Carmen Princiotta, que em nenhum momento negou que paga pouco e que enche garrafas de rum e gyn bons com genéricos paraguaios para lucrar mais um pouquinho.

Mas Carmen era calma, gentil e do alto dos seus 33 anos e pouco mais de 1,60m, marido Lorenzo e dois filhos (o mais velho, Andréa, com 9 e Alessandro 7,5) não tinha a menor pinta de dona de estabelecimento boêmio. Não levantava a voz, nem quando o som tava ensurdecedoramente alto. Não desconfiava de ninguém abrindo o caixa e dando o troco. Não ficava puta à toa. E o melhor: não recusava um bom papo, uma boa história e uma boa explicação/reflexão sobre hábitos sicilianos.

Adorava dividir, seja um queijo mandado da sua cidadezinha por sua mãe homônima e fofa ou uma fofoca sobre os donos dos estabelecimentos vizinhos. Uma lady siciliana com uma cabeça bem internacional, que torcia pelo Brasil nos esportes em que a Itália já havia sido eliminada, mas que vota Berlusconi e não tem vergonha de falar. Aprendi a respeitar isso, porque por aqui todo mundo mete o pau nele, mas ninguém confessa que o elegeu. Minha ex-chefinha não tinha medo e enumerava coisas boas da direita, sem vergonha de falar que contratava imigrantes, pois custam sim mais barato e proporcionam boas trocas de experiências.

Junto com ela, ganhei também uma boa turma de companheiros de boemia, das 19hs até as 4 da matina. Os sobrinhos Antonella e Giovanni, esse último muito inteligente e metido a técnico de futebol, junto coma carinhosa mãe Rosana. Os burgueses gente fina de Paternò e amigos de longa data de Carmen, Fillippo (mi frati Fullippo), Antonia, Vito, Peppes, Maria Vittoria e a simpática, fofa e divertidíssima Annunziatta, filha de senador e tal, mas que fazia shot de cachaça amarradona comigo. Mais valeu muito a pena ficar chegado dessa galera. A coroa Roberta, fofa e querida. Os africanos companheiros de jornada: Abramo e Carmelo, respectivamente Ibrahim e Abidi, Marrocos e Costa do Marfim), que garantiram bons papos e imersão na cultura árabe e africana. Aprendi a contar até cem na língua de Maomé! Praticamente doei minha bike pro Abramo por 20euros na hora de viajar. Pedroca deu uma força no meu último dia e adorou carregar bandeja, limpar mesa e sentir a vibe garçom! Mandou muito bem no help e dividiu os 3€ da gorjeta daquela fraca noite, o que já deu pra pagar o busao pra subir no dia seguinte, o primeiro dindim embolsado por ele na Europa.

Enfim, o Casanova foi uma verdadeira residência para mim, onde não era bem remunerado, mas troquei experiência de vida e cresci muito, seja com papos com nego de todo o mundo ou carregando copos de marghirita na bandeja com fundo aderente gasto. Fui feliz, levarei saudades.

Taormina foi muito gentil comigo, me deu lindos dias e de sol e um bom bronzeado, me deu um mar divino, uma imersão histórica nunca antes experimentada, vista alucinantes, convivência com muito nego doido (vide Umberto di Baviera e seu dog Oliver), comidas boas, a estrada mais linda do mundo descendo do bike, os amanheceres inesquecíveis.
A vida, valeu.

Carmen e eu, bela parceria!

Ô balcão véio de guerra!

Turminha de Paternò: Ricardo, Antonia, Fillippo, Peppes, X e Vitto

A foto que mamãe pediu. Sim, eu trabalhava assim se quisesse. Lá fazia um claor infernal, mesmo à noite.

O balcão: muro romano, mais de 2500 anos, intocável.

Uma das entradas

De cima pra baixo: Rosana, Bianca, Carmen, Antonella, Giovanni e eu

Irmãos africanos: Carmelo e Abramo, um mercante e o outro chef

Umberto di Baviera, também conhecido como A Bicha Carnavalesca e Oliver, o cão que mijava na minha cozinha

PS: e tome foto!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um post guti-guti

Poucas coisas me alegram mais do que ver uma criança entretida com algo, nem que seja com uma Barbie. Na verdade o olhar é que me fascina, são cientistas percebendo o mundo, mas sem saberem que são. E o “não ter consciência” é simplesmente lindo. Sem sacanagem, os pimpolhos têm uma ingenuidade mesclada com os mais básicos instintos de descoberta que me faz refletir sobre os meus próprios impulsos e percepção do mundo. Além de serem curiosas, o que facilita a fotografia, cerca de 90% das crianças que eu mexi aqui na Itália curtiram a brincadeira e responderam com uma bela fileira de dentes alinhados (ou charmosas “janelinhas”).
Criança é duca!











Mini Me?

PS: Esse post é uma homenagem ao meu primo Ric, que já foi muito guti-guti, mas hoje eh um marmanjo esperando o trote numa faculdade de medicina e reclamou/pediu mais fotos aqui. Como reduzir minhas imagens de 5MB dá muito trabalho e essas já estavam reduzidas faz tempo, seguindo a máxima do "não tem tu, vai tu mesmo", espero que as 3 leitoras que tenho achem fofinhas essas crianças e comentem alguma coisa digna de titia véia-gorda apertando a bochecha.