Primeiro clique em Prístina, primeiras impressões. Muitos gatos, muito lixo. Até nos olhos dos felinos se percebe que o lema aqui é sobreviver.
Atentos a tudo e a todos, os corvos infestam o país. Vigiam os que estão embaixo, conectados com a necessidade de se alimentar e procriar. Gritam e irritam. Alguns dizem até que por aqui os corvos de verdade são brancos e andam em Toyotas da mesma cor, com duas letras impressas na porta.
E tome duas horas ouvindo esses cidadãos pregarem o Islã, exaltando o Ramadan e os ensinamentos do Profeta. Ele leu e releu o ensinamentos, mas confesso ter entendido muito pouco. Primeiro dia em língua albanesa.
Recém nascido, com originalidade e vitalidade de quem percebe o quão precioso é o direito de (re)viver.
Bardh, meu primeiro chapa kosovar, e a namorada Tonjeta (se lê Tonieta), na pracinha em que os conheci matando tempo fazendo uns cliques. Aqui, inglês se aprende ouvindo gangsta rap e Linkin’ Park. E o dele era bem bonzinho.
É esporte nacional da terceira idade masculina jogar xadrez. Cada um leva seu tabuleirinho de feltro enrolado e as partidas se estendem por horas. Tentei jogar uma partida contra um desses feras e fui absolutamente massacrado em poucas jogadas, como nunca antes na minha vida de Kasparov tropical. Comecei ali a aprender minhas primeiras palavras em albanês, mas confesso que só o “obrigado”, a aparentemente simples palavra “faleminderit”, demorou uns 3 dias pra entrar na cachola.
Os americanos construíram uma nova pra gente, de alvenaria, com pintura e até uma bandeira deles na porta.
Destruindo a velha e surrada escola de contêiner porque...
Destruindo a velha e surrada escola de contêiner porque...
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