domingo, 6 de julho de 2008

Hábito local (e repulsivo, em alguns casos)

Até pisar na Sicília os únicos homens que eu tinha cumprimentado com beijo, no rosto – ou na bochecha -, que fique claro, foram papai, avôs e meus tios. Entre eles, Fabio, sempre com a barba feita, e Beto, idem, mas sem bigodão. Bruno teve suas fases mais rebeldes, e confesso que pinicava, porque eu nunca fui muito ornado de flora facial para me defender. Wan também teve seus momentos back to the 70’s, mas no geral sempre teve uma barba lisinha, assim como Paulo, que até hoje tem cara de meninão.

Minha barba de 20 dias eh inferior ou igual a barba de 1 dia de qualquer siciliano. Mas como tradição e hábitos são tão intocáveis quanto o cofre de Tio Patinhas, eu tenho que agüentar o repulsivo hábito de homens se beijarem aqui. Inclusive os que você acabou de conhecer. E uma coisa que eu nunca havia pensado é no estalinho com a boca. Já reparou no estalinho com a boca, que coisa mais falsa? Bem aquela coisa caricatural de dondocas se cumprimentando sem se encostar, só fazendo o som com a boca. Pois bem, quando eu cumprimento algum aqui eu capricho no estalinho verbal para parecer que beijei mais do que de fato o fiz. Ah, e tem o problemado lado, porque aqui eles dao dois beijinhos comecando pelo lado esquerdo, o que me faz parece um beijoqueiro ainda mais anormal.

Acabei de sair da casa do meu amigo Max e na porta também estava Matteo (sim, mais um nesse país), um cara com um cabelo de menina crente e rosto de Ozzy Osbourne. E hoje, excepcionalmente para a minha alegria, com a barba de uns 6 dias por fazer. Acrescentando o fato de que hoje fez uns 37o aqui e a criatura estava suada. Aproveitando o embalo dos posts nojentos abaixo, eu não poderia deixar de citar isso.


Um comentário:

thaís disse...

adorei o post, gandhi! vc é imapagável