segunda-feira, 21 de abril de 2008

Miami + 25 + Bangladesh = Marrakesh


Como ficou bem claro no último post, a chegada a Marrakesh foi bastante conturbada. O roubo da mochila da minha mãe, a enchecao de saco do B.O. e o hotel meio extorsivo (tinha que pagar todo dia quando acordava, sob um eterno olhar de desconfiança dos guris da recepção) deixaram a cidade mais cinza pra gente, Nem o céu azul que dominou a maior parte dos dias colocou um sorriso fixo em nossos rostos.

Tudo o que pulsa em Marrakesh fica em volta da praça Djemaa La Fna, a região mais turística. A praça é um lugar lotado de gente a partir da tarde e onde se pode comprar todo tipo de coisa. Desde suco de tamarindo (salve LM e a Turma do Chaves!) e grape-fruit até uma fotinho ao lado de uma assustadora naja. Sim, tanto aqui como na Consolação existem homens que fazem a cobra subir. Além dos freaks, muitas barracas de quinquilharias para turistas e algumas excelentes bancas de comida. O assunto “estômago no Marrocos” será tema de um próximo texto.


Bom, dito que nosso hotel ficava a uns 200m do point X da cidade e que passamos boas horas por lá, acabou o que falar de Marrakesh. Pois nas adjacências da praça, incluindo nossa ruela, tudo é um horror, um caos. O aspecto geral é uma mistura de Miami, Bangladesh e 25 de março. Coisa ruim. A capital cubana nos EUA aparece na forma de banquinhas de souvenir e bancos (de câmbio) chiques. O traço asiático vem na forma do constante e amedrontador transito veloz de mobiletes e scooters entre os turistas na rua de pedestres. E a filial do Líbano em SP aparece nos camelôs que duelam por um metro quadrado para expor suas muambas (adoro essa palavra; daria um belo nome de produto em qualquer lugar do mundo). Moral da história: não perca mais de 2 dias na cidade, fique o máximo possível na Djemaa La Fna, coma um pouco de tudo.

Os museus, os palácios e todo o blábláblá pra turista é o mais belo caô, em bom carioquês. Tudo meio surrado e pouco legítimo perto do que vimos em Fes. Não perca mais de 2 dias na cidade, fique o máximo possível na Djemaa La Fna, coma um pouco de tudo. Até o hamman, que é a tradicional casa de banho e sauna conseguiu ser picareta. Fui lá na esperança de um pouquinho de originalidade. Até pagaria os 25 euros pro pacotão completo. Estava esperando num sofazinho quando o garotão que me mostrou o lugar pegou um tubo de Bom Ar em cada mão e empestiou o lugar. Honrei o conceito do projeto e FUI!
Enfim, agora acabou Marrakesh.

PS: compramos uma máquina nova, chance de haver mais fotos!
PS 2/ postzinho caprichado esse, hein?

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