quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Por favor, dê uma risadinha

Uma leitora do blog (falo assim para ficar mais chique, mas foi minha prima Anninha, mesmo) me escreveu um email dizendo que tava curtindo o blog, mas que sentia falta de coisas engraçadas. Eu gosto de rir, aliás, adoro rir. Mas como piada e momento muitas vezes não se traduzem (e fora que eu esqueço muita coisa, pura e simplesmente), acabaram faltando momentos divertidos aqui. Eu concordo. Acho que a leitora mandou energias hilariantes e a seguinte historia aconteceu ontem:

(Quando disse pra minha mãe que ia trabalhar como garçom, ela como boa mãe e conhecendo meus atributos de estabanado, já gorou dizendo que eu ia derrubar bebida em alguém. De fato, o fundo das bandejas de metal muitas vezes perde a película aderente e isso facilita o deslize de copos. Sim, mãe, eu já derubei um pouco de Coca na mão de uma cliente, mas era no meio da balada e não teve nenhum stress a mais, além de um “signora, mille scuse”.)

Sim, o pesadelo de um garçom é derrubar bebida em cima de um cliente, mas eu consegui fazer pior, mãe. Ontem tinha um aniversário lá no bar, uma menina linda, uns 23 anos e uma sainha super curta. Um monte de amigos. Chegou a hora do parabéns (por aqui mais conhecido como “Tanti auguri a te”), trago o bolo, com o nome dela escrito em cima. Começam a cantar. Saio, entro no bar, pego o balde de gelo com 2 garrafas de pro-secco, acendo o foguetinho (daqueles que ficam soltando estrelinhas). Quando chego na mesa, o gelo já quase derretendo não segura mais o foguetinho, que começa a afundar sob os gritos de “ai, ai, cuidado, cuidado!”. Consigo apoiar o balde e ressuscitar o foguetinho já quase afogado. Todos riem, eu também.

A guria está quase apagando a velinha quando vou abrir o champanhe. Muita gente do meu lado, de repente a rolha começa a sair antes do previsto. Na hora em que fui virar pra ejetar a rolha, a doida abaixa e assopra a velinha. Sim, mãe, consegui estourar a champa no olho da aniversariante. Não bastasse isso, com o susto ela acabou perdendo o equilíbrio e enfiando a mão esquerda no bolo. Acho que perdeu a sensibilidade da mão naquela fração de segundo, pois quando foram acudir ela colocou a mão suja em cima do olho. Daí já viu, né?

Nessas, o foguetinho afundou, juntou a balada inteira em volta e gargalhadas começavam a se ouvir. A moça era bem humorada e, mesmo com o rosto emporcalhado, tudo virou piada.

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom filhote ! Ni, continue estimulando o primo... Beijos, Paps

Unknown disse...

Imagino a cena e rio pacas XD!
O que importa é escrever algo porque o prazer de ler já é o suficiente, na minha sincera opinião. Continua assim ^^

Anônimo disse...

Felipe,
Eu dou boas risadas das suas crônicas, mas hoje você se superou com o bolo na cara!
Eu, como tia desajeitada, posso imaginar...
Beijos Nana

Unknown disse...

querido, ainda bem que a turma tinha bom humor!!! eu acho que não teria durado como garçonete,nem uma semana....Auguri! beijos saudosos, Bilu

MaLuCA disse...

Saiu melhor que a encomenda. Cena hilariante e felipíssima!