Uma leitora do blog (falo assim para ficar mais chique, mas foi minha prima Anninha, mesmo) me escreveu um email dizendo que tava curtindo o blog, mas que sentia falta de coisas engraçadas. Eu gosto de rir, aliás, adoro rir. Mas como piada e momento muitas vezes não se traduzem (e fora que eu esqueço muita coisa, pura e simplesmente), acabaram faltando momentos divertidos aqui. Eu concordo. Acho que a leitora mandou energias hilariantes e a seguinte historia aconteceu ontem:
(Quando disse pra minha mãe que ia trabalhar como garçom, ela como boa mãe e conhecendo meus atributos de estabanado, já gorou dizendo que eu ia derrubar bebida em alguém. De fato, o fundo das bandejas de metal muitas vezes perde a película aderente e isso facilita o deslize de copos. Sim, mãe, eu já derubei um pouco de Coca na mão de uma cliente, mas era no meio da balada e não teve nenhum stress a mais, além de um “signora, mille scuse”.)
Sim, o pesadelo de um garçom é derrubar bebida em cima de um cliente, mas eu consegui fazer pior, mãe. Ontem tinha um aniversário lá no bar, uma menina linda, uns 23 anos e uma sainha super curta. Um monte de amigos. Chegou a hora do parabéns (por aqui mais conhecido como “Tanti auguri a te”), trago o bolo, com o nome dela escrito em cima. Começam a cantar. Saio, entro no bar, pego o balde de gelo com 2 garrafas de pro-secco, acendo o foguetinho (daqueles que ficam soltando estrelinhas). Quando chego na mesa, o gelo já quase derretendo não segura mais o foguetinho, que começa a afundar sob os gritos de “ai, ai, cuidado, cuidado!”. Consigo apoiar o balde e ressuscitar o foguetinho já quase afogado. Todos riem, eu também.
A guria está quase apagando a velinha quando vou abrir o champanhe. Muita gente do meu lado, de repente a rolha começa a sair antes do previsto. Na hora em que fui virar pra ejetar a rolha, a doida abaixa e assopra a velinha. Sim, mãe, consegui estourar a champa no olho da aniversariante. Não bastasse isso, com o susto ela acabou perdendo o equilíbrio e enfiando a mão esquerda no bolo. Acho que perdeu a sensibilidade da mão naquela fração de segundo, pois quando foram acudir ela colocou a mão suja em cima do olho. Daí já viu, né?
Nessas, o foguetinho afundou, juntou a balada inteira em volta e gargalhadas começavam a se ouvir. A moça era bem humorada e, mesmo com o rosto emporcalhado, tudo virou piada.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Muito bom filhote ! Ni, continue estimulando o primo... Beijos, Paps
Imagino a cena e rio pacas XD!
O que importa é escrever algo porque o prazer de ler já é o suficiente, na minha sincera opinião. Continua assim ^^
Felipe,
Eu dou boas risadas das suas crônicas, mas hoje você se superou com o bolo na cara!
Eu, como tia desajeitada, posso imaginar...
Beijos Nana
querido, ainda bem que a turma tinha bom humor!!! eu acho que não teria durado como garçonete,nem uma semana....Auguri! beijos saudosos, Bilu
Saiu melhor que a encomenda. Cena hilariante e felipíssima!
Postar um comentário