quarta-feira, 25 de junho de 2008

1/2a's

Eu sempre usei meia de algodão branco. Daquelas que vendem de saco de 10 na World Tennis. E sempre achei normal, talvez até bonito. Usava com bermuda de qualquer cor, com calça jeans azul clara ou escura. Quando mais jovem e sem noção cheguei a vestir até com calça preta, mas foram ocasiões que, no máximo, cabem nos dedos do Lula. E o porque dessas meia serem as melhores eram simples, as outras, aquelas mais fininhas de usar com sapato, deixavam chulé. E eu nunca tive chulé com minhas meias de algodão.

Nem preciso falar qual era a cor dos 7 pares de meia que embarcaram na mochila. E foram se gastando, se perdendo. Até que um belo dia, no albergue de FIrenze, o Stallone precisava fazer espaço na mala de 60kg dele e me deu uns 4 pares de meia cinza. Eu na lata pensei que ia virar um criadouro de frieira, mas cavalo dado...

Isso até que uns 10 dias depois eu aterrissei em Napoli e numa conversa com a Sofia, vi suas soquetes coloridas. Resolvi que queria tirar uma onda e camuflar a parte do meu corpo que acho menos agraciada por Deus e perguntei onde poderia achar umas pra homem. Ela não sabia. Mas foi nesse papo que descobri que aqui na Itália, talvez até na Europa de um modo geral, era o “ó” do brega homem usar meia branca.
Não consegui substituir todas as alvas ainda e as uso com alguma freqüência, como ontem. Mas é só quando estou de calça, com a barra limpando a minha barra.

Chegando em casa vi que o chão aqui na frente e em volta do mercado de peixe foi lavado agora há pouco, mas ainda subia um cheiro brabo. Acabei de chegar do batente, são 3h26. Tirei a meia, preta e subiu um cheiro. Poxa, acredite em mim, eu não tinha chulé. Não é possível. É culpa do atum, dos camarões, das lulas.
Desse jeito vou precisar ser cafona de novo, por uma questão de sobrevivência odorífera.

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